APAAG | Associação de pais e amigos dos autistas do Guarujá

Sobre o autismo

O TEA é um distúrbio caracterizado pela alteração das funções do neurodesenvolvimento do indivíduo, caracterizado por uma alteração na interação social, na comunicação social e pela presença de comportamentos repetitivos e estereotipados.

O Transtorno se origina de um fator genético; é um transtorno neurobiológico. A probabilidade de haver o Transtorno é maior em meninos do que em meninas (4 para 1).

De acordo com estatística aferida pelo Center of Diseases Controland Prevention (CDC, 2014) do governo dos Estados Unidos, houve um aumento de trinta por cento da população com TEA com relação a dados do ano de dois mil e oito. Tais dados são referentes ao ano de dois mil e dez e foram divulgados em março de dois mil e quatorze, onde consta que para cada 68 nascidos, uma pessoa apresenta o transtorno supracitado.

 

Podem haver outros Transtornos associados, as comorbidades, (patologias que se desenvolvem paralelamente ao autismo), as mais comuns são:

  • Epilepsia;
  • Deficiência Intelectual;
  • Transtorno de Humor;
  • Alteração de Conduta com Agressividade;
  • Intolerância Alimentar;
  • Transtorno do Sono;
  • Distúrbio  Gastrointestinais.

Áreas Comprometidas no TEA – Transtorno do Espectro do Autismo

  • Comunicação Social e Interação Social
  • Interesses restritos, fixos, intensos e comportamentos repetitivos

Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:

  • Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
  • Falta de reciprocidade social;
  • Dificuldade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

Interação Social:

A dificuldade na interação pode oscilar entre formas leves como, por exemplo, certo negativismo e a evitação do contato visual até formas mais graves, como um intenso isolamento. Estes que podem se manifestar na dificuldade de:

  • Interagir com outras pessoas, prefere ficar sozinho, evita ou ignora pessoas, trata as pessoas como objeto  ou instrumento;
  • Dificuldade em observar e imitar comportamentos dos outros. A aprendizagem acontece num contexto de interação social, observando e imitando as pessoas;
  • Compartilhar interesses e estados emocionais com os outros. 
  • Estabelecer contato visual;
  • Entender expressões faciais dos outros e se expressar através de expressões faciais;
  • Interpretar linguagem não verbal e usar linguagem não verbal para se comunicar (gestos, posturas corporais). Podem usar os gestos mas não tem intenção se comunicar, sua intenção é para o objeto e não para a pessoa;
  • Dificuldade em abstrair, imaginar. 

Comunicação:

É uma característica fundamental do autismo, que pode variar desde um atraso de linguagem até formas mais graves, com uso exclusivo de fala particular e estranha. Que pode se manifestar através do mutismo, estereotipias vocais, ecolalia imediata ou tardia, etc.

A dificuldade na comunicação pode se manifestar como:

  • Atraso no desenvolvimento da linguagem receptiva e expressiva;
  • Poderá não apresentar a linguagem verbal;
  • Quando apresentar linguagem verbal tem dificuldades em utilizá-la de modo funcional, dentro dos contextos sociais;
  • Ecolalia (eco, repetir). Repete sem entender seu significado. Pode ser imediata ou tardia;
  • Dificuldade em compreender linguagem não verbal.

Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:

  • Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns;
  • Excessivo apego a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
  • Interesses restritos, fixos e intensos.
  • O tratamento do TEA deve ser realizado de forma interdisciplinar (psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, pedagogo, psicopedagogo, dentista, médico psiquiatra e neurologista infantil). Pode haver o tratamento medicamentoso.
  • Através das intervenções e orientações os sintomas são minimizados.

Desafios na aprendizagem mediante sintomas do autismo 

  • Comunicação – saber que podem apresentar dificuldades na linguagem expressiva e receptiva.
  • Estimular comunicação adequada como pré-requisito para aprendizagem.
  • Habilidades sociais – Dificuldade no contato visual e em compreender e obedecer regras.
  • Estimular o contato visual como um pré-requisito para aprendizagem.
  • Habilidades para brincar – podem apresentar fixações; dificuldade em brincar junto ou de forma funcional. 
  • Processamento visual e auditivo – Podem prestar atenção em estímulos por pouco tempo ou podem apresentar hipo ou hipersensibilidade a estímulos sonoros ou visuais.
  • Trabalhar atenção como pré-requisito para aprendizagem.
  • Auto-estimulação – estereotipias, utilizar brinquedos de maneira incomum; necessitar de padrões (como coisas e pessoas no mesmo local).
  • Verificar se tais comportamentos são tão intensos a ponto de prejudicar a aprendizagem; se forem, necessitarão de intervenção mais imediata.
  • Reforçadores incomuns – Não é para todas as crianças com autismo que o reforço social, como o elogio, vai funcionar, até porque o reforço social é um reforço secundário.
  • Saber que o reforço da pessoa com autismo pode ser muito idiossincrático. 
  • Dificuldade em aprender pela observação do outro – podem não aprender por imitação.
  • Verificar se a pessoa sabe imitar ou se o comprometimento é na atenção compartilhada, sendo que ambas as capacidades necessitam ser trabalhadas como pré-requisitos para aprendizagem.
  • Aprendizado mais lento – É provável que o aprendizado ocorra de forma mais lenta em pessoas com autismo.
  • Ensinar com materiais adaptados, repetições e imagens.

Intervenção com a família

É por meio das primeiras relações com os “outros significativos” que a criança tem as suas primeiras experiências de sociabilidade e inicia o processo de socialização, e, por isso, o fortalecimento e a flexibilização da dinâmica familiar são indispensáveis para o desenvolvimento global e a inclusão social do indivíduo com autismo.

  • Interagir com a criança;
  • Estimular o brincar/ participar das atividades;
  • Evidenciar os acertos;
  • Cumprir regras e combinados.

     

     

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